O caminho para a descoberta de uma vacina para a Sida está mais perto. Um grupo de investigadores franceses anunciou ter produzido com êxito anticorpos capazes de bloquear, em laboratório, a infecção de células humanas (linfócitos) por diferentes estirpes do vírus da Sida.
A notícia é boa, sem dúvida. Só que até chegar a vacina, e pergunto-me quão democrática será a sua distribuição, há um problema de base que deve ser resolvido. Não é esperar pela vacina, é fazer algo pela prevenção.
Neste país os problemas resolvem-se pelo seu ignorar. Não se fala, porquê, deste assunto? Porque é que só muito esporadicamente aparecem anúncios na tv a chamar a atenção para este assunto?
Sendo a televisão um dos meios de comunicação que mais chega às pessoas, devia ser obrigatório em todos os canais haver um espaço de divulgação pública, para que as pessoas não se alheiem da realidade. Encarem o que se passa. Quando encararem, mais rapidamente começam a trabalhar para evitar certos males.
O que é que se passa, ao fugirmos do assunto? Não o encararmos? Vemos a camada jovem da sociedade estar a ser infectada, sem que se faça alguma coisa.
Os grupos de risco estão a modificar-se. Já não são tão facilmente identificáveis. Está mais do que na altura de abrir os olhos para a realidade e assumir que se tem um problema sério entre mãos. E cuja primeira solução é apelar para a prevenção. Lembrar constantemente as pessoas dos riscos que correm. Fazer prevenção em talões? É piada? Mas deve ser da cerveja preta, porque é de um humor profundamente negro.
quarta-feira, novembro 17, 2004
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