A vida em Lisboa era tão mais pacífica se fosse eliminadas as seguintes situações:
- Portas automáticas que não abrem, quando nos prostramos frente a elas, e é precisamente no dia em que temos mais pressa.
- Gente gorda que se coloca no meio das escadas rolantes, sem o mínimo de intenção de se moverem, precisamente no dia em que temos mais pressa.
- Gente pastelona que nos passeios mais estreitos, e quando a rua está cheia de carros a avançarem furiosamente, marca passo alegremente, como se estivessem a tentar bater o record do ralentando, precisamente no dia em que temos mais pressa.
- Obras que enchem um passeio inteiro, deixam um espaço de dois milímetros para passar, tendo logo um automóvel, regra geral mal estacionado, que obriga a que uma pessoa vá para a rua, para poder caminhar.
Ora eu, como pedestre, como pessoa que anda, sem qualquer dificuldade (entenda-se eu consigo, mas não nesta cidade) já tenho problemas, que dizer dos deficientes? Quando não têm espaço para uma cadeira de rodas, quando se são cegos, a muito custo conseguem caminhar nos passeios em segurança.
Não dizia aí um slogan da Câmara Municipal 'Lisboa, Boa de Viver'? Sem dúvida, para quem tem asas.
sexta-feira, outubro 15, 2004
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