domingo, outubro 17, 2004

Pelos Caminhos de Portugal

Regresso de um Domingo no Alentejo, para constatar o óbvio:

Por mais regras de trânsito castradoras, punitivas que se façam, nada se vai resolver.

Talvez resolvesse obrigar os indivíduos que querem a carta de condução a fazerem teste de foro psicológico, para perceber até que ponto serão eles potenciais perigos rodoviários.

O mal de muitos portugueses é que conduzem exactamente como levam a sua vida: eles primeiro e os outros depois. O carro deles primeiro, e o dos outros depois. A cabeça deles não consegue alcançar que existe vida para além da deles. Que existem pessoas para além do umbigo deles. O civismo, que seria uma cadeira muito interessante de ser leccionada, desde a escola primária, é coisa que, tal como na escola, não existe para os portugueses.

Até haver uma mudança de mentalidade, não haverá mudança de comportamento. Haja as regras que houver.

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