quarta-feira, junho 30, 2004

Fora de Brincadeiras




Agora que ele já lá está, só temos mesmo é que o apoiar e esperar que ele se saia bem. Nesta altura, temos que nos deixar de mesquinhices e passar à frente.

Seja por que razão for, é mais do que provável que seja um português a presidir à União Europeia. E mesmo que ele não tenha sido correcto connosco, nós temos de uma vez por toda que nos unir para ver se fazemos alguma coisa de nós próprios.

Não ponho muita fé no papel que o José Barroso vai ter, mas no que me diz respeito, vou apoiá-lo e exigir que ele faça o seu melhor. Temos que estar com ele. As quezílias internas, internas devem ficar.

Não é uma questão de desonestidade. É uma tentativa de fazer alguma coisa de útil.

Quanto ao novelo emaranhado em que nos deixou, despreocupadamente, e vindo com uma justificação vazia e sem credibilidade, isso é outra questão.

Não importa se Santana Lopes teve a maioria na Câmara de Lisboa. Importa se Santana Lopes terá a maioria como Primeiro Ministro.

E por muito que falem de um projecto do partido, lamento, mas a figura de proa conta tanto como o projecto, ou então, estamos literalmente a votar, sem pensar. Somos carneiros, que seguem o pastor, sem contestar, sem considerar.

Cada qual saberá a pele que veste. Pela minha parte, eu sei bem a que visto. Por isso, exijo eleições antecipadas. O votar não é só um direito, é também um dever cívico. Mas é meu direito poder escolher quem eu quero que vá para o governo. É por isso que eu voto.

Como sacudir (e muito bem) a água do capote

Há que ser optimista. Ao menos HÁ UM que ainda se ri...Humor marca conferência de Durão
A conferência de imprensa de Durão Barroso, após ser indigitado como presidente da Comissão Europeia, ficou marcada pelo humor. Os líderes europeus estão confiantes de que fizeram a escolha certa.


Na minha terra até se costuma dizer, ri-te, ri-te...

Blá Blá Blá

Muito se fala neste país.

Qualquer acontecimento serve para se organizarem debates, discussões, fóruns abertos e quejantes.

Ouvimos, muitas vezes em deleite, o que dizem os entendidos. Concordamos alegremente com aqueles que dizem o que pensamos, discordamos furiosos com os que não nos agradam...

Mas a verdade é que a nossa cabecinha já está feita. Na altura em que emitimos uma opinião, já estamos decididos.

E fala-se, fala-se incansavelmente neste país. Mas as coisas acontecem, quer falemos ou não. Será porque apesar de falarmos tanto, não temos ouvidos? Ou, ao contrário do que se noticiava o outro dia, não somos apenas 'loucos', mas também bastante 'autistas'?

terça-feira, junho 29, 2004

Tic Tac Tic Tac

O relógio a marcar... e a pastilha que vamos engolir não me parece que vá ser branca e muito menos doce...

tic tac tic tac

segunda-feira, junho 28, 2004

Compasso de Espera

tic tac tic tac

Só a partir de amanhã é que as coisas vão começar a mexer... 'Durão fala na terça e demite-se na quarta'

Não vale a pena roer as unhas...

domingo, junho 27, 2004

Pensei Muito...

Mas não me deram escolha. Apesar de não ser, neste momento, o que eu considero mais correcto para o país, esta é, para mim, agora, a única solução viável.



Durão Barroso está a jogar sujo. Ao chantagear as pessoas, dizendo que se convocarem eleições ele não aceita o cargo da União Europeia, e dando como alternativa aceitar um homem que nem sequer parte do governo faz, Durão Barroso está a meter-nos entre a espada e a parede.

Isto não é uma atitude de todo aceitável da parte de um primeiro Ministro.

Que falta de carácter e de hombridade, senhor Barroso. Tenha respeito por aqueles que se comprometeu a governar.

Pobre país

Roubado ao Abrupto, cada qual que o interprete como melhor lhe aprouver:

09:37 (JPP)
POBRE PAÍS

o nosso,
que padece de Acédia. Acédia?
O pecado que a gente aprende como sendo a “preguiça”, para facilitar a compreensão dos jovens catequistas e catequisados. Mas o pecado mortal não é evidentemente o que chamamos “preguiça”, venial predisposição do corpo e da alma. A Acédia é outra coisa muito mais importante: é a apatia, ou a indiferença perante a prática da virtude, ou o espectáculo do mal. Sabemos que está mal, mesmo muito mal, e ficamos calados. Acédia. Vai-se para o Inferno por isso.

sábado, junho 26, 2004

Como atar a corda ao pescoço e atirar-se da árvore

De facto, deixaram-nos literalmente à nora.

De repente, o país virou-se de pernas para o ar. A saída de um primeiro Ministro nestas condições é um golpe muito baixo.

Ou se convocam eleições antecipadas, ou se aceita a (que se diz ser) sugestão de Barroso. Uma ou outra são alternativas sem futuro. O PS não tem condições de garantir qualquer alternativa. Vê-se, aliás, pela forma como ultimamente se têm comportado em público. É um partido sem credibilidade. É uma piada triste.

Já a figura de Santana Lopes como primeiro Ministro é assustadora. Já como presidente da Câmara o era, mas como primeiro Ministro é grave. Tenebroso.

O que fazer agora?

Estará Durão Barroso ciente dos seus actos?

Roubei esta imagem ao Barnabé, espero que não se incomodem.


VADE RETRO, Santanás!

sexta-feira, junho 25, 2004

E como nem tudo são desastres

Vejam só esta notícia que saiu no Daily Telegraph... Só para dar um gostinho, diz assim:

Portugal in frenzy after win

From correspondents in Lisbon, Portugal

June 25, 2004

CITIES and towns across Portugal erupted in celebration overnight after Portugal beat England and advanced to the semi-finals of Euro 2004.


Mas tomem bem atenção à imagem...

Actualização a 01-07-2004 : isto deixou de ter efeito. Os fulanos trocaram a imagem. Raios!

A ser verdade...

A confirmar-se a notícia de Barroso na Europa e Santana como primeiro ministro, está na hora de fazer as malas e mudar de continente. Ou pelo menos para fora da União Europeia.

O Carnaval continua. E desta vez bem animado. Fazem-se eleições para depois não se cumprirem mandatos. E em vez de se marcarem novas eleições, avança-se com um nome em quem ninguém votou. Não é uma escolha, é uma imposição.

Por outro lado, ao menos quando Guterres fugiu às suas responsabilidades, foram marcadas eleições e houve propostas e alternativas. Não eram boas. As que apareceriam agora, também não seriam melhores.

O país anda à deriva. Aqueles que o quiseram dirigir, marimbam-se para ele. É justo. Todos temos direito a rescindir o contrato que fazemos. Infelizmente, esta empresa está quase a abrir falência. Suponho que o discurso optimista dos economistas vá mudar um bocadinho.

Há uns anos atrás, falavam-se dos três 'F', não é verdade? Fado, Família e Futebol. Eu acrescento um quarto 'f', mas antes, escrevo um 'estamos'.

Estou há meia hora

A tentar aceder ao portal do clix... é sempre a mesma coisa. Porque raio é que falam em rapidez 'xpto'? A não ser que seja uma velocidade que só eles concebem...

A Importância do Palavrão

Não foi o que a nossa mãezinha nos ensinou e certamente a avozinha, que Deus a guarde, deve dar voltas no túmulo por cada vez que nos ouve a proferi-los...

Mas não há nada, nada, que descomprima mais do que um bom e valente palavrão, na altura em que as tensões estão no áuge.

Muito cardíaco se deve ter salvo esta noite, com uma exclamação das mais obscenas que saiu, fulminante, com os pulmões cheios de ar, bem respirados, a voz ainda melhor colocada e pareceu encher o estádio, não fossem os outros milhares de cardíacos ali presentes fazerem o mesmo.

Murmurados também ajudam. Viu-se alguns dos jogadores murmurarem-nos. Cabeça baixa, a olhar para o chão. Muito português o deve ter feito, sentado, de mãos cruzadas, quase a rezar.

Noutra língua, também os ingleses o fizeram, mas esses em profunda extravazão de sentimentos. Chega, grita, deita tudo cá para fora.

O palavrão é quase como o espreguiçar, é feio mas sabe bem. Ajuda a descomprimir.

Claro que as nossas mãezinhas e avós não concordam. Muito pelo contrário. Mas se derem atenção, observem-nas a ver o jogo, e vejam como, de repente, de forma discreta, uma delas deixa escapar um 'merda' que as ruboriza, mas que as deixa muito mais aliviadas...

quinta-feira, junho 24, 2004

Razões Para se Gostar de Ser Português

Enquanto escrevo isto, a cidade está ao rubro.
Por aqui já passou o carro dos bombeiros, carros da polícia, o povo está na rua, as buzinas não param.
A alegria é contagiante e credos e raças misturam-se nas ruas, a festa é o motivo, a vitória, mas às tantas vai desaparecer tudo, para ficar apenas a alegria.
Talvez nunca o nome do meu país tenha sido tão gritado por tanta gente.
Talvez nunca a esperança tenha ganho tão altas expectativas.
Talvez, de repente, tenhamos orgulho em ser portugueses.
Porque mesmo que tivéssemos perdido, eu erguia a bandeira e diria que 'morremos de pé'. Assim o pensei, assim o iria escrever neste blog, antes de um milagre ter virado a sorte.
Hoje, por todo o país se festeja a nacionalidade.
Hoje, por todo o lado o nosso nome é dito com força e orgulho.
Se o manteremos ou não, isso é outro assunto que para o momento não é chamado.

A nossa grande vitória. O nosso grande (bom) orgulho.

Viva!

E o que é que eu faço aqui? Vou mas é para a festa!!

TODOS COMIGO: PORTUGAL!!!! PORTUGAL!!!!

AI AI AI

É GOLO!!! É GOLO!!! É GOLO!!!!

É GOLOOOOOOOOOOOO!!!!!!!!!

INTERVALO

Enquanto estamos no prolongamento, e porque hoje é quinta-feira, parece-me apropriado um momento poético, mais relaxante...

LES CHATS
Les amoureux fervents et les savants austères
Aiment également, dans leur mûre saison,
Les chats puissants et doux, orgueil de la maison,
Qui comme eux sont frileux et comme eux sédentaires.

Amis de la science et de la volupté
Ils cherchent le silence et l'horreur des ténèbres;
L'Erèbe les eût pris pour ses coursiers funèbres,
S'ils pouvaient au servage incliner leur fierté.

Ils prennent en songeant les nobles attitudes
Des grands sphinx allongés au fond des solitudes,
Qui semblent s'endormir dans un rêve sans fin;

Leurs reins féconds sont pleins d'étincelles magiques,
Et des parcelles d'or, ainsi qu'un sable fin,
Etoilent vaguement leurs prunelles mystiques.


Charles Baudelaire, Les Fleurs du Mal

.

Jogo demasiado impróprio para cardíacos

Ai ai ai ai ai ai...

VOLTEI!!!

Mas só digo qualquer coisa mais logo, que antes quero ver como é que nos safamos...


OLÉ!

domingo, junho 20, 2004

Afinal Não Gelei

E apesar de estar tão longe, já me arranjaram maneira de ver o jogo amanhã. E É BOM QUE GANHEM! QUE NÃO QUERO CÁ PIADINHAS DESTA MALTA!!!

Bolas, estes teclados brasileiros são à má-ió confusão, vice?

sexta-feira, junho 18, 2004

Um Lugar ao Sol - dissertação

Pergunto-me da importância da blogosfera.

Subitamente deparo-me com certas notas que originam o mais aceso dos debates. Fulano debita as suas ideias (o que eu suponho ser o papel do blog) e de repente, dezenas de respostas surgem, comentários, críticas, inclusive outros blogs fazem ligações àquele comentário.

Por essa razão me pergunto da importância da blogosfera.

Estará a criar-se uma nova classe? Estaremos a assistir ao emergir de um novo poder? Estaremos a dar demasiada importância?

O blog, a meu ver, é uma forma de passar ideias, pensamentos, estudos. Ao contrário de um site, o blog pode ter ou não, a ambivalência de ser um espaço de discussão. Ou seja, um blog pode ser, ou não, uma espécie de tertúlia.

A tertúlia tem uma certa herança intelectual, pelo que certos blogs, e também devido aos seus autores, têm esse cunho.

No entanto, ao contrário de uma tertúlia real, a que apenas alguns têm acesso, porque pertencem ao 'grupo', à tertúlia do blog todos poderão ter acesso. Basta conhecer o endereço. Como não tem forma de controlar os acessos, todos poderão participar.

O que me leva a considerar, que o universo da blogosfera, representa de alguma forma, a sociedade em que nos inserimos. Uns quantos autores de blogs têm a importância que lhes é devida, ou que lhes é dada. Partilham entre si ligações, constroem entre si uma certa 'camada' social, e depois surgem os 'satélites', que eu defino como aqueles que tentam ganhar o seu lugar ao sol na blogosfera.

Por outro lado, existem, aqueles que estarão 'à margem', não estando inseridos nessa camada e que por isso, criam o seu círculo.

Ou seja, até num universo virtual, há uma tendência para hierarquizar, ou socializar. Há blogs de referência, há os autores de referência, há os bem amados, os mal amados. Uma maquete de sociedade é aqui criada. Vamos a ver o que nos reserva o futuro...

quinta-feira, junho 17, 2004

Jorge Luís Borges

A Rua da Judiaria celebrou o aniversário da morte do argentino Jorge Luis Borges. A meu ver, mais do que um poeta e ensaísta, um dos homens mais inteligentes que tive o prazer de 'conhecer' através da sua obra.

Vale a pena ler o texto que Nuno Guerreiro escreveu. É muito interessante.

E porque hoje é Quinta-Feira

E o Verão apela ao mar... e o mar é sempre o maior apelo de todos...


Sea Fever

I must go down to the seas again, to the lonely sea and the sky,
And all I ask is a tall ship and a star to steer her by,
And the wheel's kick and the wind's song and the white sail's shaking,
And a grey mist on the sea's face, and a grey dawn breaking.

I must go down to the seas again, for the call of the running tide
Is a wild call and a clear call that may not be denied;
And all I ask is a windy day with the white clouds flying,
And the flung spray and the blown spume, and the seagulls crying.

I must go down to the seas again, to the vagrant gypsy life,
To the gull's way and the whale's way where the wind's like a whetted knife;
And all I ask is a merry yarn from a laughing fellow-rover
And quiet sleep and a sweet dream when the long trick's over.

John Masefield (1878-1967)

Curiosidades

Enviaram-me um link para este site, devido a uma curiosa definição...
Desenrascanço
From Wikipedia, the free encyclopedia.
The neutrality of this article is disputed.
Desenrascanço (loosely translatable as "disentanglement") is a Portuguese word used, in common language in Portugal, to express an ability to solve a problem without having the adequate tools or the knowledge to do so, by use of imaginative resources or by applying knowledge to new situations. Achieved when resulting in a hypothetical good-enough solution. When that good solution doesn't occur we got a failure (enrascanço — entanglement). Most Portuguese people strongly believe it to be one of the their most valued virtues and a living part of their culture. Obviously, they know that this subjective feature is not exclusive of theirs


Vale a pena ler até ao fim.

quarta-feira, junho 16, 2004

Para me redimir

É uma falha grave. Muito grave...

No passado dia 13 de Junho, celebraram-se 116 anos sobre o nascimento de Fernando Pessoa. Eu aqui a celebrar o Joyce e deixo passar uma data destas. Um dos maiores poetas portugueses.



Aqui está ela, a Liberdade, daquele que considero a imagem da genialidade/loucura. Lúcido e hábil, pois consegue transmitir aos seus heterónimos, as várias facetas da personalidade de que era composto: o simples Caeiro, o rebelde Campos, o austero Reis. E depois ele, o Fernando Pessoa arauto de uma nova era, mordaz, místico, sonhador.

LIBERDADE

Ai que prazer
não cumprir um dever.
Ter um livro para ler
e não o fazer!
Ler é maçada,
estudar é nada.
O sol doira sem literatura.
O rio corre bem ou mal,
sem edição original.
E a brisa, essa, de tão naturalmente matinal
como tem tempo, não tem pressa...
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto melhor é quando há bruma.
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
E mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças,
Nem consta que tivesse biblioteca...


Fernando Pessoa



100 anos de Ulysses




Faz hoje 100 anos que James Joyce escreveu Ulisses. É em honra de uma das personagens da obra, Leopold Bloom, que um pouco por toda a parte, mas especialmente na Irlanda, os admiradores do escritor celebram nesta data o 'Bloomsday', para lembrar as obras e o próprio Joyce.

Em Dublin, as comemorações estão feitas em grande. E mesmo aqui em Lisboa, podemos encontrar alguns bares irlandeses que comemoram esta data, com a leitura e a dramatização de algumas obras de Joyce.

Ulysses, de James Joyce (em inglês)

terça-feira, junho 15, 2004

O Camarada está em grande



Carvalhas pede demissão do Governo

Carlos Carvalhas acusa Bloco de Esquerda de estar obcecado com PCP

Quantos são?! Quantos são?!

O Gato Vai Gelar Muito em Breve

Vaga de frio faz três mortos.
Uma vaga de frio repentina fez três mortos no Sul do Brasil, nos últimos dias. Os termómetros chegaram a registar temperaturas negativas.


Lá vou eu virar picolé. Bem me diziam que lá estava mais fresquinho nesta altura do ano... mas tanto?!?!?!?

Obviamente, demitimo-nos todos

Manuel Seabra demite-se da autarquia (...) A distrital da concelhia do PS Porto vai a votos antes do tempo, anunciou o presidente da concelhia do Porto, Francisco Assis, que também apresentou a demissão

É pá, vejam lá, o gajo importante que eu sou!

.

A propósito de ser um diplomata e esperar que neste jogo entre a Alemanha e a Holanda, que ganhe o melhor, digo que acabei de receber agora mesmo uma chamadinha do Tony Blair, que até largou umas piadinhas... ehehehehe

Resultado das eleições, a nível Europeu

Aqui estão o resultados provisórios das eleições, com o número de deputados de cada país e de quais partidos.

E aqui, as taxas de participação.

segunda-feira, junho 14, 2004

Voltemos aos assuntos sérios

Já passaram as eleições, já se rebentaram os cartuchos todos, já se pode voltar a falar de futebol,

E POR RAZÕES DE FORO NACIONALISTA VOU ABSTER-ME DE FAZER COMENTÁRIOS À NOSSA SELECÇÃO...

(esta foi bem metida...)

Santa Ignorância

Confesso: Foi agora ao ler o post do waldorf que me lembrei, que de facto, ao ver o boletim o de voto, havia para lá um partido chamado 'Movimento pelo Doente' de que nunca tinha ouvido falar e nem sequer sabia que existia.

Mas já descobri! Cá está ele!

Bem interessante

Vejam aqui, uma ideia muito interessante sobre a União Europeia. Conciso, directo e claro.

domingo, junho 13, 2004

Paulo Portas: "É preciso ouvir e compreender os abstencionistas"

E já agora identificá-los e convidá-los a conhecer o novo submarino...

Assim se passou o Santo António

O nível mais baixo alguma vez registado
Europeias: Projecção aponta participação de 44,6 por cento na UE
A taxa de participação global nas eleições europeias na União Europeia alargada poderá ficar-se pelos 44,6 por cento, o nível mais baixo alguma vez registado para este escrutíneo, de acordo com uma projecção do instituto E0S Gallup divulgado esta noite para o Parlamento Europeu.


pergunto-me... pergunto-me se isto quererá dizer alguma coisa? uma mensagem subliminar, quanto ao interesse das pessoas pelos assuntos europeus...

Entretanto por cá...

Portugal perde com a Grécia no jogo inaugural (e em casa)
Marchas acabam à pedrada
França vence Inglaterra no Euro nos últimos minutos

Moral da história: para a próxima realizem o Euro no Outono e as eleições um mês depois! Onde é que já se viu? Eleições num dia de Santo António, com um tempo destes, depois de uma véspera de Santo António, e ainda por cima com jogos importantíssimos a decorrer? E depois de Portugal ter perdido?!

É pá, desculpem lá, mas as pessoas têm mais que fazer...

Rendi-me

Acabei de colocar um contador de visitas...

Mais uma pergunta

Qual será a taxa de abstenção, a nível Europeu, nestas eleições ?

Pergunta impertinente IV

Será mais perdoável um jogador presente no Euro2004 não votar, ou um casal de noivos de Santo António?

Pergunta impertinente III

Será que o público estrangeiro do Euro2004 que está em Portugal, votou?

Pergunta impertinente II

Será que todos os jogadores dos países da União Europeia, que estão no Europeu, votaram?

Pergunta impertinente

E será que os noivos de Santo António foram votar hoje?

sábado, junho 12, 2004

Véspera de Santo António

De há algum tempo para cá, que sempre que chega Junho, me parece que continua tudo na mesma.

Dantes, parecia-me que toda a cidade aguardava, ansiosa, que começasse Junho, que viessem os feriados, que se celebrassem os santos populares.

Lisboa cheirava a manjericos, o sol era uma razão de festa, a cidade parecia vibrar de energia e alegria. Vinha aí a festa. Não importavam os males que nos assolassem. Ia haver festa.

De repente, tudo pareceu mudar. Deixou de haver cheiro de manjericos, o sol tornou-se duro, as andorinhas pareceram esmorecer na alegria. E a cidade pareceu deixar de vibrar. Junho assemelha-se a um princípio de Julho: balões pendurados nas ruas, mas de uma festa que passou. Ou pior, uma continuação de Maio, em que nada parece passar-se...

Lisboa pareceu perder a festa. A alegria.

As marchas passam na televisão, as noivas continuam a casar, mas tudo parece vazio...

Amanhã é dia de Santo António e de eleições. Vou cumprir a velha tradição de ir para Alfama passear, ver se recupero a magia que Lisboa tinha para mim, há algum tempo atrás, nestas alturas.

Ao menos o rio, reflectirá sempre o sol nos solarengos dias de Verão e algures, em São Pedro de Alcântara, continuarei a ouvir os sinos repicar nas tardes, longe do bulício.

E PRONTO!

Fazer o quê...? Não fomos nós a ele, vieram eles a nós...

Olha, já tá, já tá. Agora é esperar que quarta feira as coisas corram melhor... e depois, manter a esperança de que os espanhóis não vão levar a melhor sobre nós!

Até lá! Bandeirinhas na janela e não esmorecer!

(ou então, lá tenho eu que engolir todas as minhas teorias...)

VIVA PORTUGAL!

quinta-feira, junho 10, 2004

Que patriotismo?

O Gasolim até tem razão, quando coloca a questão de só para certas alturas é que se lembram da bandeira e do nacionalismo...

Mas pergunto-me eu, sendo nós um povo a quem falta auto-estima, não será esta uma razão tão boa como outra qualquer? Um início para alguma coisa?

E porque hoje é Quinta Feira, e é também dia Dia de Camões e das Comunidades

Ora toma lá o poemazito da ordem!

Quem pode ser no mundo tão quieto,
ou quem terá tão livre o pensamento,
quem tão exp'rimentado e tão discreto,
tão fora, enfim, de humano entendimento,
que, ou com público efeito ou com secreto,
lhe não revolva e espante o sentimento,
deixando-lhe o juízo quase incerto,
ver e notar no mundo o desconcerto?


Luis Vaz de Camões, de 'O desconcerto do Mundo'

Sabe-se que toda a gente sabe que é Feriado menos tu, quando

A maioria dos teus contactos no Messenger está desligada, os que estão ligados estão 'ausentes' e tu és o único ligado e activo às 9h00 da manhã...

Entrar no Espírito da Coisa

Com uma força, com uma força,
Com uma força que ninguém pode parar
Com uma força, com uma força
Com uma fome que ninguém pode matar






VAMOS A ELES!!!!


VIVA PORTUGAL!!!!

E mais uma acerca de ontem

Umas quantas opiniões (constipadas ou não)com que concordo.

quarta-feira, junho 09, 2004

Ainda acerca de hoje

Acho que é um post interessante, este do Amor e ócio

O Carnaval foi Longe de mais

Ou se brinca com o país e com as pessoas, ou existe, e passa-se, algo de seriamente grave em Portugal.

Como se admitem acontecimentos como os de hoje na lota de Matosinhos?

Afinal, que queremos nós para Portugal? Com que autoridade moral se fala de auto-estima nacional, quando aqueles que representam a política nacional permitem acontecimentos deste género?

Que imagem passamos nós para o exterior?

É isto a nossa classe política? É para isto que votamos? É nisto que votamos?

Para quando alternativas de qualidade?

Sousa Franco



segunda-feira, junho 07, 2004

Thank God It's Thursday!!!

Nem sabia que era feriado. Agora já percebi toda a celeuma com a tolerância de ponto.

Vá, vá... toda a gente a trabalhar. Brincamos ou quê?!

sábado, junho 05, 2004

Ser Português, cansa

Quase em vésperas de eleições europeias, é se calhar altura de fazer um pequeno exame de consciência nacional.

A nossa vida política, já o disse uma vez, é um Carnaval. Para não dizer um circo.

Infelizmente, a vida política rege o nosso país. E infelizmente, como já pudemos ver, várias vezes, os nossos políticos apenas entendem (mal e porcamente) de política. E Infelizmente, são esses incapazes, que em vez de procurarem tratar do país em que vivem, preocupam-se apenas com assuntos de comadres. Os nossos políticos (e todos eles) não passam de umas alcoviteiras, mais bem localizadas em pequenos vilarejos, do que em São Bento.

É preocupante ver situações como a que está a passar-se agora, como a da TAP. Uma equipe de brasileiros foi chamada para dirigir o futuro da empresa aérea nacional. E fizeram em poucos anos, o que nenhum português fez: tirar a TAP do vermelho.

Agora corre o rumor de que a administração brasileira vai sair da TAP. Porquê? Por ter sido chamada enquanto o PS estava no poder? Porque tudo o que o PS fez foi errado?

Por esta ordem de ideias, a TAP ter saído do vermelho, foi um erro.

Porquê isto? Um capricho político? Uma mentalidade de alcoviteira de aldeia?

Não é já altura de se começar a aceitar o que houve de bom nos anteriores governos, de modo a tentar fazer com que o país evolua?

Espero que a Ministra das Finanças não venha cobrar ao povinho, se a TAP voltar ao que foi. Vá cobrar a quem está no poder. O povo não pode pagar todas as asneiras que o governo faz.

quinta-feira, junho 03, 2004

A Ilíada - Ainda a propósito do 'Tróia'

Se por ventura alguém tiver curiosidade/vontade de ler 'A Ilíada', pode aceder a este site. Atenção que está em castelhano.

E porque hoje é quinta feira...

E estou com vontade de partilhar um poema, cá vai ele:

Mais palavras para a minha esposa

Depois da chuva, um pedaço de terra, coberto de musgo
humedecido pelo orvalho do Outono precoce.
Não olhes a lua, não penses mais no passado,
assim roubarás a tua beleza, encurtarás tua vida.


Bai Juyi, Poemas de Bai Juyi


quarta-feira, junho 02, 2004

nAh a Ignorância!!!

A União Europeia fez um quiz para mostrarmos o que sabemos (ou não) sobre a Europa.

A ideia é engraçada: estamos em plena campanha eleitoral e somos candidatos, por isso vamos (estilo monopólio) visitar os países da Europa e para angariarmos 'votos' devemos responder a perguntas de cultura geral. Quem angariar mais votos, ganha as eleições, pois claro!

Alea jacta est!

Conversas de Aeroporto

Dois turistas no aeroporto da Portela, prontos para embarcar:

- E então, o que achaste de Lisboa?
- Gostei muito. A noite é das melhores que já vi. Gostei da cidade, passeei bastante. Comi muito, muito bem. E aquela exposição ao pé do rio, aquela sobre a Terra vista do céu, está muito bonita... Agora, houve uma coisa que não percebi bem.
- O que foi?
- Ali ao pé da estátua do Marquês de Pombal, disseram-me que aquela confusão toda de obras é um memorial ao Terramoto de 1755 e às suas vítimas... achas que é verdade?
- Deve ser... aquilo está tudo deitado abaixo, é só poeira e escombros... e ainda por cima ao pé da estátua do marquês de Pombal, que foi quem reconstruiu a cidade... tem lógica, não te parece?

terça-feira, junho 01, 2004

Momento Musical

Vem aí Yann Tiersen, autor da banda sonora de 'Amélie Poulain' e 'Adeus Lenine'. Dia 10 de Junho, a não perder, no CCB.