As pessoas saem dos autocarros, rumo ao metro, inexpressivas, ou aborrecidas, ou cansadas, ou mal dormidas. Rumo ao trabalho, a casa, a pagar as contas, a aguentar horas de espera.
À noite, derramam-se sobre os sofás, as cadeiras, as tábuas de passar a ferro, os fogões, os trabalhos, frente a televisões que não as fazem pensar, apenas lhes enfiam imagens pelos olhos.
Aos fins de semana metem-se em centros comerciais, sem destino, sem vontade, quando não é dia de limparem a casa.
Mas o mais triste ainda, é quem está atento ao que se passa consigo e não tem forças para dar a volta.
segunda-feira, agosto 16, 2004
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