Como não acredito num sadismo Divino, só posso acreditar numa subtileza Divina. E é nessa mesma em que eu acredito, quando penso que só existe uma explicação para termos que gramar com as pessoas de quem não gostamos:
Foi a forma súbtil que Deus encontrou para nos fazer expiar os pecados da nossa vida anterior (isto partindo do pressuposto de que este Deus é adepto da reincarnação).
Por isso mesmo, eu aqui declaro em plenos pulmões:
DEUS, O QUE QUER QUE SEJA QUE EU TENHA FEITO NA MINHA VIDA ANTERIOR, ACREDITA QUE EU NUNCA ME ARREPENDI TANTO!!!! LIVRA-ME DESTA SINA!!!!
E mais não adianto.
segunda-feira, fevereiro 28, 2005
sexta-feira, fevereiro 25, 2005
O Irreal Social
Diz um drogado para o outro no autocarro
- É pá, aquele gajo agora, anda aí a meter umas cenas muita maradas, pá! Aquilo só deve fazer mal, pá! O gajo sabe lá no que é que se anda a meter!
Resposta do outro
- Modernices! Se o gajo andasse connosco, era muito mais saudável!
- É pá, aquele gajo agora, anda aí a meter umas cenas muita maradas, pá! Aquilo só deve fazer mal, pá! O gajo sabe lá no que é que se anda a meter!
Resposta do outro
- Modernices! Se o gajo andasse connosco, era muito mais saudável!
quinta-feira, fevereiro 24, 2005
Pare para ser visto!
A iniciativa é louvável. Em várias ruas de Lisboa, o asfalto está agora pintado de amarelo fluorescente, junto ao passeio, a chamar a atenção dos peões para terem cuidado ao atravessar a rua.
O desenho já todos o conhecemos, é o do senhor a ser atirado pelo ar por um carro.
Pois eu tive um problema hoje: parei, olhei para o chão, vi o senhor a ser atirado pelo ar e entrevi a seguida legenda "Pare para ver isto".. olhei uma segunda vez e de facto (o alívio!) eu é que tinha lido mal.
Tenho que trocar de óculos definitivamente...
O desenho já todos o conhecemos, é o do senhor a ser atirado pelo ar por um carro.
Pois eu tive um problema hoje: parei, olhei para o chão, vi o senhor a ser atirado pelo ar e entrevi a seguida legenda "Pare para ver isto".. olhei uma segunda vez e de facto (o alívio!) eu é que tinha lido mal.
Tenho que trocar de óculos definitivamente...
terça-feira, fevereiro 22, 2005
Ainda as eleições
É claro que estavam formadas todas as condições para o PS ter a maioria absoluta. De outra forma seria impensável.
O comportamento e forma como foi constituído este governo, nunca foi visto com bons olhos. Não é que tivesse que ser, mas à partida que a causa estava muito debilitada. E o passar dos meses, contribuiu apenas para que esta se perdesse totalmente.
Porque no fundo, não se votou no PS. Votou-se contra Santana Lopes e apesar do PP se ter desligado, também contra ele os votos se viraram.
Bem vistas as coisas, parece-me que mesmo que Pedro Santana Lopes tivesse concorrido sozinho, perdia.
O comportamento e forma como foi constituído este governo, nunca foi visto com bons olhos. Não é que tivesse que ser, mas à partida que a causa estava muito debilitada. E o passar dos meses, contribuiu apenas para que esta se perdesse totalmente.
Porque no fundo, não se votou no PS. Votou-se contra Santana Lopes e apesar do PP se ter desligado, também contra ele os votos se viraram.
Bem vistas as coisas, parece-me que mesmo que Pedro Santana Lopes tivesse concorrido sozinho, perdia.
segunda-feira, fevereiro 21, 2005
Assim vai o País
Ontem, num jardim de Lisboa, diz a mãe para a avó, acerca da filha de quatro anos:
- Foda-se, esta aqui só está contente quando tem a cona cheia, ó caralho! - E repete a ideia, não vá a mais velha não ter ouvido.
Ao lado, um grupo de fulanos grita:
- Santana! Vai pró colo da tua mãe! - Elas abrem muito os olhos e ficam chocadas.
- Foda-se, esta aqui só está contente quando tem a cona cheia, ó caralho! - E repete a ideia, não vá a mais velha não ter ouvido.
Ao lado, um grupo de fulanos grita:
- Santana! Vai pró colo da tua mãe! - Elas abrem muito os olhos e ficam chocadas.
domingo, fevereiro 20, 2005
Constatação
Pois o que reparo, é que enquanto ouço para aqui os discursos, acompanho as sondagens, observo os votos e as estatísticas, o meu cão que se rebola, contente, para cima de mim, a pedir-me festas, está a marimbar-se completamente para a política.
Teme-se o Pior
Depois da vitória de Sócrates, parece que a política vai tornar-se séria.
Eu não disse a sério, atenção...
Eu não disse a sério, atenção...
quinta-feira, fevereiro 17, 2005
Falem Mal, mas falem de mim!
Caro(a) Amigo(a),
Não consegui parar de ler a sua carta.
Não para me retratar por qualquer coisa que o senhor presidente tenha feito, mas porque foi impossível fazê-lo.
Concordo que algumas medidas eram benéficas ao país, pois dizem que o riso cura, e eu nunca me ri tanto.
Não percebo, no entanto, porque me diz que eu não costumo votar. Lamento, mas engana-se. Eu voto sempre. E também diz que não me dou bem com o sistema? Qual sistema? O que foi criado por si, ou o que já existia?
Admiro a forma como assume os seus defeitos, apesar de não poder concordar totalmente com o considerar-se o mais maltratado de todos, e incluir-me no grupo de maltratados.
Acho que há aí um pequeno equívoco, caro(a) amigo(a). Que a mim me maltratam, é um facto: pois todos os anos eu tenho que pagar impostos, taxas sobre aquilo que como e sobre aquilo que visto, não tenho um sistema de saúde digno do dinheiro que anualmente me obrigam a pagar, não tenho um sistema educacional que permita aos meus filhos poderem vir a ser alguém no futuro, a não ser que gaste mundos e fundos para os ter no ensino privado, e para conseguir viver numa casa, alugada ou não, levam-me o coro e o cabelo. Não tenho qualidade nem condições de vida. A diferença que existe entre nós os dois, é que o(a) caro(a) amigo(a) vive, aqui deste lado, sobrevive-se.
Queixa-se de maus tratos? Se por um lado as suas queixas se identificam com a idiosincrasia nacional, caro(a) amigo(a), por outro, pergunto-me se será esta uma nova maneira de fazer política, através da vitimização.
Caro(a) amigo(a) devia estar na hora de alguém assumir responsabilidades pelo que é feito. Mas isso não vai acontecer. É mais do que altura de nos deixarmos de acusações pelo que foi e não foi feito, de começar a olhar em frente e tentar fazer alguma coisa por todos. Olhar para o umbigo nunca foi solução.
Mas isto, caro(a) amigo(a), são apenas queixas. E são válidas para si e para todos.
Não consegui parar de ler a sua carta.
Não para me retratar por qualquer coisa que o senhor presidente tenha feito, mas porque foi impossível fazê-lo.
Concordo que algumas medidas eram benéficas ao país, pois dizem que o riso cura, e eu nunca me ri tanto.
Não percebo, no entanto, porque me diz que eu não costumo votar. Lamento, mas engana-se. Eu voto sempre. E também diz que não me dou bem com o sistema? Qual sistema? O que foi criado por si, ou o que já existia?
Admiro a forma como assume os seus defeitos, apesar de não poder concordar totalmente com o considerar-se o mais maltratado de todos, e incluir-me no grupo de maltratados.
Acho que há aí um pequeno equívoco, caro(a) amigo(a). Que a mim me maltratam, é um facto: pois todos os anos eu tenho que pagar impostos, taxas sobre aquilo que como e sobre aquilo que visto, não tenho um sistema de saúde digno do dinheiro que anualmente me obrigam a pagar, não tenho um sistema educacional que permita aos meus filhos poderem vir a ser alguém no futuro, a não ser que gaste mundos e fundos para os ter no ensino privado, e para conseguir viver numa casa, alugada ou não, levam-me o coro e o cabelo. Não tenho qualidade nem condições de vida. A diferença que existe entre nós os dois, é que o(a) caro(a) amigo(a) vive, aqui deste lado, sobrevive-se.
Queixa-se de maus tratos? Se por um lado as suas queixas se identificam com a idiosincrasia nacional, caro(a) amigo(a), por outro, pergunto-me se será esta uma nova maneira de fazer política, através da vitimização.
Caro(a) amigo(a) devia estar na hora de alguém assumir responsabilidades pelo que é feito. Mas isso não vai acontecer. É mais do que altura de nos deixarmos de acusações pelo que foi e não foi feito, de começar a olhar em frente e tentar fazer alguma coisa por todos. Olhar para o umbigo nunca foi solução.
Mas isto, caro(a) amigo(a), são apenas queixas. E são válidas para si e para todos.
segunda-feira, fevereiro 14, 2005
A Não perder
O último álbum de Martirio é uma aventura musical. Uma experiência sem limites.
Mira que te llevo dentro de mi corazón
Por la salusita de la mare mía
Te lo juro yo
Mira que pa mí en el mundo
No hay na más que tú
Y que mis acais si digo mentira
Se queden sin luz
Te lo juro yo
Martirio e o maestro Chano Domínguez em Acoplados
Mira que te llevo dentro de mi corazón
Por la salusita de la mare mía
Te lo juro yo
Mira que pa mí en el mundo
No hay na más que tú
Y que mis acais si digo mentira
Se queden sin luz
Te lo juro yo
domingo, fevereiro 13, 2005
A Grande Aventura
O Sousa era um homem pacato, de rotunda barriga, ralos cabelos, e grande sentido de humor. Abandonara o seu sonho de professor de matemática para se dedicar à função pública. Casara e procriara. E aos poucos e poucos a sua vida tornara-se tão bolorenta como os arquivos da repartição.
Até ao dia em que virou os 53. Não sabia bem porquê, mas decidiu comemorar essa data de forma especial. Diferente.
- Laidinha, disse ele à mulher, vamos fazer alguma coisa para os meus anos?
- E o que Luís?
- Não sei, Laidinha. Vamos faltar ao trabalho, e passar o fim de semana fora. Metermo-nos num comboio qualquer e partir à aventura.
- E os miudos ficam com quem?
- Eles já têm idade para tomarem conta deles próprios.
- Oh Luís, tem juizo! Eles são lá capazes de tomar conta deles próprios! Vamos almoçar aí a qualquer sítio no sábado. Depois damos um passeio. - O Sousa encolheu os ombro e acomodou-se.
Na véspera de aniversário, sentou-se no sofá, com o rádio a tocar música baixinho. A Laidinha dormia e os miudos também.
Ao soar da meia noite, o Sousa tomou uma decisão. Abriu o armário e tirou de lá a garrafa de whisky que lhe tinham dado pelo aniversário de havia cinco anos. Abriu a garrafa. Distribuiu um copo por cada membro da família. Ninguém estava ali para brindar com ele. Mas os quatro elefantes cor de rosa com quem ele fez a festa mais tarde, garantiram-lhe que foi a melhor a que alguma vez tinham assistido.
Até ao dia em que virou os 53. Não sabia bem porquê, mas decidiu comemorar essa data de forma especial. Diferente.
- Laidinha, disse ele à mulher, vamos fazer alguma coisa para os meus anos?
- E o que Luís?
- Não sei, Laidinha. Vamos faltar ao trabalho, e passar o fim de semana fora. Metermo-nos num comboio qualquer e partir à aventura.
- E os miudos ficam com quem?
- Eles já têm idade para tomarem conta deles próprios.
- Oh Luís, tem juizo! Eles são lá capazes de tomar conta deles próprios! Vamos almoçar aí a qualquer sítio no sábado. Depois damos um passeio. - O Sousa encolheu os ombro e acomodou-se.
Na véspera de aniversário, sentou-se no sofá, com o rádio a tocar música baixinho. A Laidinha dormia e os miudos também.
Ao soar da meia noite, o Sousa tomou uma decisão. Abriu o armário e tirou de lá a garrafa de whisky que lhe tinham dado pelo aniversário de havia cinco anos. Abriu a garrafa. Distribuiu um copo por cada membro da família. Ninguém estava ali para brindar com ele. Mas os quatro elefantes cor de rosa com quem ele fez a festa mais tarde, garantiram-lhe que foi a melhor a que alguma vez tinham assistido.
sexta-feira, fevereiro 11, 2005
quinta-feira, fevereiro 10, 2005
D. Júlia
D. Júlia, beata cheia de graça, ia à igreja todos os domingos e uma vez por outra às sete da tarde, durante a semana, quando tinha tempo, entre o lanche dos netos que vinham da escola e o jantar do marido que chegava da praça de táxis.
A beata considerava-se boa pessoa e uma alma caridosa, igual ao resto do mundo, e como o resto do mundo, em tudo e todos encontrava defeitos e falhas. Deixava com uma devoção caricata e um tanto cínica, a esmola na caixa dos pobres, perguntando-se sempre para onde iria aquele dinheiro, acendia as velas na igreja com duas moedas e perguntava-se por quanto tempo elas arderiam. E se apanhasse na calha alguma vizinha, lá iriam a desfazer na vida da D. Simplícia, devota matrona, quase a patroa da igreja, que uma vez por outra, subia ao altar para rezar o terço, vendo com um inconsciente prazer, a congregação ajoelhada à sua frente.
E se havia pecado de que a D. Júlia dissesse alto e bom som arrepender-se era o do orgulho. Aquele que lhe surgia sempre que mencionava o seu filho médico, com consultório posto numa das principais avenidas da cidade. Esse pecado que seria remediado quando se confessasse ao padre e tivesse que rezar uma novena, ou mais. Sempre mais uma. Porque no fundo do seu coração, ela não se arrependia desse orgulho.
A beata considerava-se boa pessoa e uma alma caridosa, igual ao resto do mundo, e como o resto do mundo, em tudo e todos encontrava defeitos e falhas. Deixava com uma devoção caricata e um tanto cínica, a esmola na caixa dos pobres, perguntando-se sempre para onde iria aquele dinheiro, acendia as velas na igreja com duas moedas e perguntava-se por quanto tempo elas arderiam. E se apanhasse na calha alguma vizinha, lá iriam a desfazer na vida da D. Simplícia, devota matrona, quase a patroa da igreja, que uma vez por outra, subia ao altar para rezar o terço, vendo com um inconsciente prazer, a congregação ajoelhada à sua frente.
E se havia pecado de que a D. Júlia dissesse alto e bom som arrepender-se era o do orgulho. Aquele que lhe surgia sempre que mencionava o seu filho médico, com consultório posto numa das principais avenidas da cidade. Esse pecado que seria remediado quando se confessasse ao padre e tivesse que rezar uma novena, ou mais. Sempre mais uma. Porque no fundo do seu coração, ela não se arrependia desse orgulho.
quarta-feira, fevereiro 09, 2005
Ano Novo Chinês
Começa hoje. 2005 é o ano do Galo de Madeira e vai até 28 de Janeiro de 2006. Todos os que nascerem este ano, a partir deste dia, serão deste signo.
Aqui está a informação astrológica.
E aqui, a científica.
Obrigada, Pedro, como sempre pela informação!
horóscopo oriental
Aqui está a informação astrológica.
E aqui, a científica.
Obrigada, Pedro, como sempre pela informação!
terça-feira, fevereiro 08, 2005
segunda-feira, fevereiro 07, 2005
Manhã de Carnaval
Esta é daquelas músicas que eu não percebo... Que raio tem uma coisa a ver com a outra. Se não, repare-se:
Manhã tão bonita manhã
Na vida uma nova canção
Cantando só teus olhos,
teu riso, e tuas mãos
Pois há de haver um dia
em que virás
Das cordas do meu violão
que só teu amor procurou
Vem uma voz
falar dos beijos
perdidos nos lábios teus
Canta o meu coração
alegria voltou, tão feliz
a manhã deste amor
É uma linda canção, sem dúvida, mas que tem isto a ver com o Carnaval? A música é nostálgica, até triste. Nem samba, nem alegria, nem dança. Só o facto de ser manhã de Carnaval.
Manhã tão bonita manhã
Na vida uma nova canção
Cantando só teus olhos,
teu riso, e tuas mãos
Pois há de haver um dia
em que virás
Das cordas do meu violão
que só teu amor procurou
Vem uma voz
falar dos beijos
perdidos nos lábios teus
Canta o meu coração
alegria voltou, tão feliz
a manhã deste amor
É uma linda canção, sem dúvida, mas que tem isto a ver com o Carnaval? A música é nostálgica, até triste. Nem samba, nem alegria, nem dança. Só o facto de ser manhã de Carnaval.
quinta-feira, fevereiro 03, 2005
Começo a achar
Que Santana Lopes tem problemas de infância ainda por resolver.
Ou então, existe algo de claramente errado no discurso dele. A frequência com que recorre à imagem de crianças, sejam eles meninos na escola a insultar os outros, ou dar pontapés em bebés em incubadoras, passa-me a impressão de uma infância muito violenta...
Ou pior... que ele me trata a mim como a uma criança e ainda por cima com deficiências mentais.
Qualquer uma delas...
Ou então, existe algo de claramente errado no discurso dele. A frequência com que recorre à imagem de crianças, sejam eles meninos na escola a insultar os outros, ou dar pontapés em bebés em incubadoras, passa-me a impressão de uma infância muito violenta...
Ou pior... que ele me trata a mim como a uma criança e ainda por cima com deficiências mentais.
Qualquer uma delas...
quarta-feira, fevereiro 02, 2005
Teorias da Conspiração
Será que chegámos à situação nacional actual, porque convém a algumas pessoas que assim seja?
terça-feira, fevereiro 01, 2005
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