Não foi o que a nossa mãezinha nos ensinou e certamente a avozinha, que Deus a guarde, deve dar voltas no túmulo por cada vez que nos ouve a proferi-los...
Mas não há nada, nada, que descomprima mais do que um bom e valente palavrão, na altura em que as tensões estão no áuge.
Muito cardíaco se deve ter salvo esta noite, com uma exclamação das mais obscenas que saiu, fulminante, com os pulmões cheios de ar, bem respirados, a voz ainda melhor colocada e pareceu encher o estádio, não fossem os outros milhares de cardíacos ali presentes fazerem o mesmo.
Murmurados também ajudam. Viu-se alguns dos jogadores murmurarem-nos. Cabeça baixa, a olhar para o chão. Muito português o deve ter feito, sentado, de mãos cruzadas, quase a rezar.
Noutra língua, também os ingleses o fizeram, mas esses em profunda extravazão de sentimentos. Chega, grita, deita tudo cá para fora.
O palavrão é quase como o espreguiçar, é feio mas sabe bem. Ajuda a descomprimir.
Claro que as nossas mãezinhas e avós não concordam. Muito pelo contrário. Mas se derem atenção, observem-nas a ver o jogo, e vejam como, de repente, de forma discreta, uma delas deixa escapar um 'merda' que as ruboriza, mas que as deixa muito mais aliviadas...
sexta-feira, junho 25, 2004
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