domingo, maio 30, 2004

Tróia

Fui ao cinema ver uma boa merda.



1º - Se os gregos fossem tantos como aqueles que no filme navegaram para Tróia, hoje estávamos todos a falar grego e não uma língua com origem no latim.

2º - Se os gregos fossem tantos como aqueles que no filme navegaram para Tróia, Tróia tinha sido invadida num abrir e fechar de olhos e não havia cá cavalo para ninguém

3º - De acordo com o que nos deram a entender, nenhum dos gregos foi para a guerra para saquear, nem pilhar. Foram, porque sabiam que aquela guerra iria ser a maior do mundo, e que iria ser falada, romanceada, cantada ao longo dos séculos (com jeitinho, também sabiam que ia ser passada a cinema) e enchê-los de glória.

4º - À boa maneira americana, tanto os troianos como os gregos tinham consideração e respeito pelas mulheres...

O herói, Aquiles, personificado por Brad Pitt, passa o tempo todo de beicinho e tem um final glorioso, ao correr para os braços da morte para socorrer a amada.

Os diálogos são um desastre.

De facto, talvez a única razão de ver este desastre cinematográfico, seja a analogia com o presente, em que uma desculpa qualquer é bem utilizada para uma nação sair à conquista de outra.

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