quinta-feira, novembro 25, 2004

Federico Garcia Lorca

Apeteceu-me, esta quinta feira

INTERIOR
Ni quiero ser poeta,
ni galante.
¡Sábanas blancas donde te desmayes!

No conoces el sueño
ni el resplandor del día.
Como los calamares,
ciegas desnuda en tinta de perfume.
Carmen.

Vê-se que se está a aproximar o Natal...

Começou o julgamento da Casa Pia

O túnel do Marquês vai avançar

Houve remodelação no Governo

Tanta falta de fé... onde vamos parar?

quarta-feira, novembro 24, 2004

Natal é Tempo de Amor e Caridade

Aproxima-se a época mais temível, em que nos obrigam, através de uma brilhante e subreptícia chantagem psicológica, a ser solidários, carinhosos, até mesmo generosos.

Nesta época, na compra dos brinquedos de Natal para os putos, estamos a contribuir para associações de que muitos de nós nunca ouviram falar.

Nesta época, não custa nada contribuir para as obras de Santa Igrácia. Com a sua ajuda podemos fazer muito.

Nesta época lembram-se de apelar ao espírito Cristão que faz do Natal um momento tão belo e harmonioso.

Nesta época, e porque é esta época, em que a malta recebeu um subsídio (e não são todos), toca de aproveitar.

A solidariedade, é como a esperança, é o sentimento mais maquiavélico que existe. Porque obriga a que as pessoas se responsabilizem por situações cuja responsabilidade não é delas, pelas quais pouco podem fazer, e pior, com as quais não têm qualquer obrigação, têm apenas boa vontade.

Eu pago as talhadas dos meus impostos todos os anos, portanto, eu pago para viver. Eu pago para comer, para me vestir, para poder ter luz e água.

O meu ordenado dá mal e porcamente para viver, e mesmo assim, ainda consigo ajudar os outros. Quem leva um quilo de arroz, leva dois para o banco alimentar da fome. Se dizem que contribuem com um euro pelas compras que faço não sei onde, pois vai-se lá em vez de se ir a outro sítio. Estou a ajudar pessoas que não conheço, estou. Se me sinto uma pessoa melhor por isso? Não. Acho que tenho esse dever. Apesar de saber perfeitamente, que não posso carregar nos ombros essa responsabilidade. Porque entre não ter para dar e guardar aquilo que tenho, eu tenho mais que guardar aquilo que tenho, porque eu não estou nos números das associações e instituições de ajuda social. Ainda.

E assim modela-se tudo pelo baixo. Os que têm pouco dão aos que não têm nada, para que esses tenham um mínimo. E ficamos todos contentes, porque passou mais um Natal e ninguém ficou verdadeiramente melhor. Só mais aliviado.

terça-feira, novembro 23, 2004

Estive na Baixa

E apanhei um susto com a iluminação dita de Natal, no Rossio, na Rua Augusta e nos Paços do Concelho.

É certo que a situação do país está feia. Mas não era preciso demonstrá-la nas luzes.


Uns cigarrinhos

O ministro da Saúde confirmou a possibilidade de a Tabaqueira ser processada judicialmente caso se confirme a presença do pesticida dealdrina nos lotes de tabaco SG Ventil e SG Filtro.

«Se os resultados das análises forem positivos, houve uma violação da lei portuguesa. A substância em causa é proibida por uma directiva da União Europeia», afirmou Luís Filipe Pereira, na segunda-feira, no Porto.


Só uma dúvida: se não fizéssemos parta da UE, a substância em causa nos cigarros, já era legal?

Tudo ao Parlamento

Muito se tem visitado o Parlamento ultimamente...

segunda-feira, novembro 22, 2004

TV in Memoriam

Ao que parece a RTP memorável vai anunciar programas 'novos' para Dezembro. Tudo aponta para que possamos nos regalar novamente com o TV Rural e o saudoso engenheiro Sousa Veloso, e o 70x7. Às 20h, será passado o telejornal a partir de 1980.

domingo, novembro 21, 2004

Fenómenos Sociais

Um dos fenómenos sociais portugueses que deveria ser matéria de apurado estudo, uma vez que atinge qualquer camada etária do nosso povo, de qualqur sexo, mas só e apenas aqueles que utilizam os transportes públicos (pois de outra maneira seria impossível dar-se) é aquele que leva a que dois ou mais portugueses que estejam na conversa, entrem no mesmo transporte público, que pode estar vazio, se sentem em bancos diferentes, a distância também influi bastante para este assunto e continuem a falar entre eles (dependedo da distância, depende o tom de voz), sobre os mais variados assuntos.

Mas é algo a que pelos vistos todos estão habituados, pois se chegar alguém para ocupar o lugar vazio ao lado dos conversadores, eles não se propõem juntar, para continuar a falar, não, permitem que outra pessoa se sente ali e ala de continuar a cavaquear.

Existirá algum estudo efectuado sobre isto?


quinta-feira, novembro 18, 2004

A científica já não é bem ficção...

A strikingly bright feature that is consistent with an active geology has been seen in one of Cassini's first radar images of Saturn's moon Titan. There are many possibilities for what it is but one of the leading candidates is that it may be a 'cryovolcanic' flow or 'ice volcano'.


Titã in Planetary Photojournal


Um vulcão de gelo...

Quinta-Feira

Hoje é dia de música. Hoje é dia de Magnetic Fields

If There's Such a Thing as Love

Now the clock is striking one
So we might as well begin it,
As there's dancing to be done
And our time is not infinite.

If there's such a thing as love,
If there's such a thing as love,
I'm in it.

So you claim you love me too,
Lloyd's of London guarantee it.
Gaze into these eyes of blue,
You do love me I decree it.

If there's such a thing as love,
If there's such a thing as love,
Give me it.

When i was two and a half,
My momma said to me:
"Love is funny you will laugh
'Til the day you turn three."

Like a kitten up a tree
Needs a fireman to rescue it,
So your fireman i will be
And i'll really get into it.

If there's such a thing as love,
(such a thing as love)
If there's such a thing as love,
Let's do it.

I thought i'd known love before
That was not it but I thought it
So I thought i'd win the war
Or I never would have fought it

If there's such a thing as love,
(such a thing as love)
If there's such a thing as love,
I've caught it.
if there's such a thing as love,
(such a thing as love)
if there's such a thing as love,
I've caught it.
If there's such a thing as love,
(such a thing as love)
If there's such a thing as love,
Love caught it.

The Magnetic Fields


Brilhante!!

Obrigada quarto.

A Iniciação

O mundo é vasto... se olharmos em redor, encontramos sempre alguém que nos apresenta a alguma coisa de que nunca ouvimos falar, ou mesmo que tenhamos ouvido, não conhecemos.

Poder-se-ia chamar a isto a 'Gratidão de se Estar Vivo'? Porque a cada dia que passa nos enriquecemos mais como pessoas, se estivermos atentos o suficiente para descobrir coisas novas. Nem que seja o vitral na vizinha, que só demos por ele, porque o sol esta manhã incidiu directamente sobre ele...

E depois há aqueles que nos levam por novos caminhos. Que nos mostram, até, pequenos atalhos nas estradas menos previsíveis.

Se isto fosse uma noite de óscares tinha uma grande lista de pessoas a quem agradecer. Mas mesmo que fosse, não a leria. Cada uma dessas pessoas sabe bem a quem me refiro e pelo que agradeço.

A iniciação na vida, não começa quando nascemos, ou demos os primeiros passos, ou dissemos a primeira palavra. A iniciação na vida começa e recomeça, sempre que descobrimos alguma coisa nova e ficamos maravilhados.

quarta-feira, novembro 17, 2004

Uma boa Noticia ainda por chegar

O caminho para a descoberta de uma vacina para a Sida está mais perto. Um grupo de investigadores franceses anunciou ter produzido com êxito anticorpos capazes de bloquear, em laboratório, a infecção de células humanas (linfócitos) por diferentes estirpes do vírus da Sida.

A notícia é boa, sem dúvida. Só que até chegar a vacina, e pergunto-me quão democrática será a sua distribuição, há um problema de base que deve ser resolvido. Não é esperar pela vacina, é fazer algo pela prevenção.

Neste país os problemas resolvem-se pelo seu ignorar. Não se fala, porquê, deste assunto? Porque é que só muito esporadicamente aparecem anúncios na tv a chamar a atenção para este assunto?

Sendo a televisão um dos meios de comunicação que mais chega às pessoas, devia ser obrigatório em todos os canais haver um espaço de divulgação pública, para que as pessoas não se alheiem da realidade. Encarem o que se passa. Quando encararem, mais rapidamente começam a trabalhar para evitar certos males.

O que é que se passa, ao fugirmos do assunto? Não o encararmos? Vemos a camada jovem da sociedade estar a ser infectada, sem que se faça alguma coisa.

Os grupos de risco estão a modificar-se. Já não são tão facilmente identificáveis. Está mais do que na altura de abrir os olhos para a realidade e assumir que se tem um problema sério entre mãos. E cuja primeira solução é apelar para a prevenção. Lembrar constantemente as pessoas dos riscos que correm. Fazer prevenção em talões? É piada? Mas deve ser da cerveja preta, porque é de um humor profundamente negro.

Hoje é dia Não

Não fumarás! Não prejudicarás a tua saúde! Não gastarás dinheiro em porcarias! ah, não, não, espera... pode gastar-se dinheiro em porcarias... até se deve...

O Governo prepara-se para proibir o consumo de tabaco em vários locais públicos: restaurantes, bares, diversas unidades de saúde, locais de trabalho, instituições para idosos e nos meios de transporte.

E na rua, pode fumar-se?

Esta dos transportes é inédita... há muito tempo que é proibido fumar nos transportes público (excepto em alguns comboios)

Não era mais simples tornar ilegal o consumo de tabaco? Ou isso não interessa?

Digo eu, que já nem sequer fumo.

O meu Coração É Verde


in irish rugby


Grande jogo!

Irlanda - 17

África do Sul - 12

segunda-feira, novembro 15, 2004

«Se não é a Atlântida, então o que é?»


Um investigador norte-americano diz ter encontrado a cidade perdida da Atlântida a 1500 metros de profundidade entre Chipre e a Síria, muito embora haja outros investigadores que tenham dúvidas sobre este achado.

Passem para cá 250 mil dólares, que eu já vos digo!

E se...?

Nem Romeu nem Julieta tivessem morrido naquela altura?

- Teriam os pais ganho algum senso e deixado os jovens casar?
- Teria Romeu sido condenado à morte por desviar uma jovem menor e pura?
- Ter-se-ia Romeu aborrecido de Julieta e vice-versa?
- Teria sido esta a escolha mais óbvia para Shakespeare? A mais fácil?

domingo, novembro 14, 2004

Grande Momento Cólturali

Músicas que fizeram história e a respectiva tradução...

Toda a gente tem que aprender alguma vez

Muda o teu coração, olha à tua volta
Muda o teu coração, vais surpreender-te
Eu preciso do teu amor, como da luz do sol
E toda a gente tem que aprender alguma vez
Toda a gente tem que aprender alguma vez
Toda a gente tem que aprender alguma vez

Muda o teu coração, olha à tua volta
Muda o teu coração, vais surpreender-te
Eu preciso do teu amor, como da luz do sol
E toda a gente tem que aprender alguma vez
Toda a gente tem que aprender alguma vez
Toda a gente tem que aprender alguma vez

Toda a gente tem que aprender alguma vez
Toda a gente tem que aprender alguma vez
Toda a gente tem que aprender alguma vez


Everybody's got to learn sometime
The Korgis

Hã??

Ou 8 ou 80

às vezes não custava nada um intermédio... não perder por tanto, nem ganhar por tanto..

que se lixe!


in Record.pt

Domingo Na Cidade

Lisboa, aos domingos, é quase uma cidade fantasma. Uma cidade fantasma? Não... apenas é preciso saber procurar nos sítios certos: se estiver bom tempo em Belém e no Parque das Nações. Se estiver mau tempo, em qualquer centro comercial (sendo que esta opção é também viável no bom tempo).

O que mais me entristece em Lisboa é a falta de oferta que existe ao Domingo. Os sítios onde uma pessoa se pode sentar para tomar um café, ler um livro, ou 'charlar' (como dizem os espanhóis - não me ocorre agora uma expressão portuguesa para 'conversar por conversar') com os amigos são poucos e caros.

Até a nível de restauração é complicado, fora de centros comerciais, encontrar sítios abertos.

É uma pena, numa cidade tão luminosa ter que nos enfiar em centros comerciais, porque nada está aberto.

É certo que a cidade ganha muito encanto com as suas ruas vazias, ou com poucas pessoas. Mas ganhava ainda mais se houvesse mais cafés e bares abertos, se houvesse alternativa e oferta, que não satisfizesse apenas os turistas.

sábado, novembro 13, 2004

Vamos falar de Pompitous of Love?


capa in Amazon.com


Também eu me rio, amo, peco e toco a minha música ao sol...

The Joker

Some people call me the space cowboy,
Some call me the gangster of love
Some people call me Maurice
Cause I speak of the pompitous of love

People talk about me, baby
Say I'm doin' you wrong, doin' you wrong
Well, don't you worry baby
Don't worry
Cause I'm right here, right here, right here, right here at home

Cause I'm a picker
I'm a grinner
I'm a lover
And I'm a sinner
I play my music in the sun

I'm a joker
I'm a smoker
I'm a midnight toker
I sure don't want to hurt no one

I'm a picker
I'm a grinner
I'm a lover
And I'm a sinner
I play my music in the sun

I'm a joker
I'm a smoker
I'm a midnight toker
I get my lovin' on the run

You're the cutest thing
That I ever did see
I really love your peaches
Want to shake your tree
Lovey-dovey, lovey-dovey, lovey-dovey all the time
oh baby, I'll sure show you a good time

Cause I'm a picker
I'm a grinner
I'm a lover
And I'm a sinner
I play my music in the sun

I'm a joker
I'm a smoker
I'm a midnight toker
I get my lovin' on the run

I'm a picker
I'm a grinner
I'm a lover
And I'm a sinner
I play my music in the sun

I'm a joker
I'm a smoker
I'm a midnight toker
I sure don't want to hurt no one

People keep talking about me baby
They say I'm doin' you wrong
Well don't you worry, don't worry, no don't worry mama
Cause I'm right here at home

You're the cutest thing I ever did see
Really love your peaches want to shake your tree
Lovey-dovey, lovey-dovey, lovey-dovey all the time
Come on baby and I'll show you a good time


Steve Miller

Questões Caseiras

Ainda me lembro de uma casa onde vivi, que tinha uma pia. Aliás, ainda em casa de pessoas que conheço, aqui em Lisboa, há pias. Por debaixo do lava-louças, prontas para se despejar qualquer coisa. Digamos, aqueles desperdícios, restos de sopa, águas sujas e por aí fora.

As pias, foram uma coisa que desapareceu das casas modernas. A meu ver, até faziam jeito. Porque hoje, quando não se tem onde se despejar é para a sanita que vai.

Peço perdão pela profunda ignorância, mas podia jurar que as pias acabavam por servir como o esgoto da casa. Aliás, hoje pede-se às pessoas para, por uma questão de tratamento de águas residuais, não deitarem para a sanita todos esses desperdícios.

Este é um post um bocado sujo. Mas, não havendo pia, para onde se deitam, então?

sexta-feira, novembro 12, 2004

Fogo no Gelo (ou Smoke on the Water)

Não há nada mais irritante que um lugar comum... verdades atribuídas ao senhor de La Palice, que até, pelos vistos,tem a fama sem nunca lhe ter tido o proveito. A fama tem destas coisas, nem sempre é justa, é apenas... um acaso do momento.

Tudo isto para ir dar à natureza e a tudo aquilo que ela pode fazer de mais assustador. Mas é dos sustos mais bonitos que se podem imaginar.


O vulcão Grímsvötn na Islândia (in Volcano World.com), teve a sua última erupção no passado dia 04 de Novembro.


Não é um espectáculo admirável?

quinta-feira, novembro 11, 2004

Apesar de ser Dia de S. Martinho

Tiro alguns minutos do meu muito atribulado tempo, para me lembrar que hoje é quinta feira. E porque a Vida de vez em quando devia dar-nos uns kit-kat, o poema de hoje é dedicado a todos aqueles que têm uma alma nómada, sempre inquietos por partir.

de O Dreams, O Destinations

To travel like a bird, lightly to view
Deserts where stone gods founder in the sand,
Ocean embraced in a white sleep with land;
To escape time, always to start anew.
To settle like a bird, make one devoted
Gesture of permanence upon the spray
Of shaken stars and autumns; in a bay
Beyond the crestfallen surges to have floated.
Each is our wish. Alas, the bird flies blind,
Hooded by a dark sense of destination:
Her weight on the glass calm leaves no impression,
Her home is soon a basketful of wind.
Travellers, we're fabric of the road we go;
We settle, but like feathers on time's flow.


Cecil Day-Lewis, 1904-1972

O Mundo como o Conhecemos

Novamente, o mundo está em mudança.

Sentíamo-nos seguros naquele 'tem-te não caias' que era a vida internacional. Um complexo enredo de políticas e guerras.

Depois veio o primeiro ataque terrorista e o mundo tremeu novamente. E em quatro anos, voltámos a arranjar forma de nos sentirmos seguros num 'seja o que Deus quiser'.

Mais uma vez o mundo está em mudança e mais uma vez sustemos a respiração.

É esta a história do mundo. Líderes caem, outros surgem. Ninguém é demasiado imortal, para não sucumbir. Só na memória e na história se encontra a imortalidade. E o mundo, esse, continuará inefável, na sua tarefa giratória.

Hoje é dia de S. Martinho, tragam as castanhas e a água-pé.

quarta-feira, novembro 10, 2004

Uma Mensagem Americana

Pronto, se dizem eu acredito...

Sorry everybody...
Roubado à Papoila


Estão desculpados...

terça-feira, novembro 09, 2004

Ainda as Eleições Americanas

Uma americana escreve o blog Open Letter to the Democratic Party, no qual explica aos democratas porque não tiveram eles o voto dela. É interessante. É curioso.

'You didn't give me clear positions on the issues. I followed the news closely all through the campaign, but I still don't understand Kerry's position on Iraq.'

'Your constant references to the opinions of the rest of the world scared me, and I'm not talking about the "global test" comment. I don't care what Europeans think about me or my country. I learned in high school that living my life with one eye on the opinions of everyone else leads only to unnecessary turmoil and pointless pain. Why didn't you?'

'I don't think you really want my vote. I actively sought out your perspective. I tuned in regularly, for months, to your biggest media project, your serious effort to get your message out: Air America Radio. I listened all day on Good Friday as host after host mocked people like me for believing in Jesus's life, death, and resurrection. I listened as Janeane Garofalo, who was one of my favorite comedians for years, expressed hatred and disgust for Bush voters so vile that I ended my live stream feeling assaulted, as if I'd been vomited on. I listened the night that Mike Malloy told a young Republican to hang up the phone and go open a vein.'

Pode ser lido aqui

segunda-feira, novembro 08, 2004

Num País a Brincar

Ainda há escolas sem professores e professores sem escolas.

Um túnel que ajudava milhares de pessoas a chegarem aos seus empregos, vai estar fechado por tempo indefinido, não obstante os avisos de há décadas para uma possível situação destas.

A defesa recebe mais dinheiro do que a educação, porque no futuro não vão ser precisas pessoas instruídas.

As campanhas para a prevenção da SIDA não passam na televisão, nem na rádio, mas quem ganha ordenado é informado. O que tem lógica: quem ganha ordenado, tem dinheiro para comprar preservativos.

Ainda bem que vivemos num país a sério.

Sim Senhor!

BELO GOLO!!

Quando se fala tanto em isenção...

Devia exigir-se o mesmo aos árbitros e aos comentadores de futebol.

Assim se Começa a Semana

GNR reconhece erro ao multar taxista barbudo

Não percebo porque é que dizem que este é um país de sorumbáticos...

domingo, novembro 07, 2004

In The Mood For Love

Quizas, Quizas, Quizas.

Siempre que te pregunto
que cuando,como y donde
tu siempre me respondes

Quizas, Quizas, Quizas

Y asi pasan los dias
y yo desesperado,y Tu,Tu contestando

Quizas,Quizas,Quizas,

Estas perdiendo el tiempo,pensando,pensando
Por lo que Tu mas quieras
hasta cuando, hasta cuando
Y asi pasan los dias, y yo desesperado
y Tu,Tu contestando

Quizas, Quizas, Quizas.

Siempre que te pregunto
que cuando,como y donde
Tu siempre me respondes

Quizas,Quizas,Quizas

Estas perdiendo el tiempo,pensando,pensando
Por lo que Tu mas quieras
hasta cuando, hasta cuando

Estas perdiendo el tiempo,pensando,pensando
Por lo que Tu mas quieras
hasta cuando, hasta cuando
Y asi pasan los dias, y yo desesperado
y Tu,Tu contestando

Quizas, Quizas, Quizas.

Siempre que te pregunto
que cuando,como y donde
Tu siempre me respondes

Quizas, Quizas, Quizas.
Quizas, Quizas, Quizas.
Quizas, Quizas, Quizas.

Tanta Coisa Para Pensar e Para Escrever

Mas hoje é Domingo, está um dia radioso à minha espera e a convidar-me a sair. Na aparelhagem toca a banda sonora do 'Disponível para Amar' (In the mood for love) com o Nat King Cole a cantar 'aqueles ojos verdes' e o actor principal a falar em certas faixas...


In the Mood for Love in senseofcinema.com

Se fosse outro dia qualquer, até me ria... mas hoje... hoje apetece-me espreguiçar, desejar um bom domingo a todos e ir caçar pássaros para o jardim.

sexta-feira, novembro 05, 2004

Uma questão de Gostos

Num final de tarde como este, consegui chegar mais cedo a casa. E descobrir que a casa estava vazia. As luzes apagadas. O Outono prega-nos muitas partidas, principalmente a de terminar o dia mais cedo do que o previsto.

Com tudo às escuras (e confesso o meu gosto por isso) cheguei à aparelhagem, liguei-a, e meti Stranglers a tocar. O mesmo cd de Stranglers, que agora ouço, o grupo que acho representa a essência do Outono, que me dá sempre vontade de ouvir nesta época. Não sei porquê. Há coisas que não se explicam.

E enquanto na aparelhagem os estranguladores me animavam com aquela música nostálgica, um profundo gemido saiu das entranhas da sala.

Congelei até ao fundo da alma. Não porque tivesse medo de fantasmas. Mas porque me lembrei, de repente, que o meu cão detesta Stranglers. E que é impossível ouvi-los, quando ao lado um cão começa a gemer e a uivar como só um cão sabe fazer.

Assim se foi a essência do Outono.

quinta-feira, novembro 04, 2004

Peseiro's Revenge


in TSF.PT


Alguém mais bem informado que eu, fez-me ver que o jogo é na Segunda e não Domingo, como eu tinha escrito... fica aqui a correção. O que não muda o que quero dizer:
A ver como é que se portam na Segunda...

Fahrenheit 451

'Granger olhou fixamente as chamas.
- A Fénix - Disse
- O quê?
- Era um pássaro estúpido, muito anterior a Cristo; todos os cem anos fazia uma fogueira e carbonizava-se. Devia ser um dos próximos parentes do homem. Mas, cada vez que se consumia, ressurgia das chamas e de novo nascia. Tenho a impressão que fazemos o mesmo, mas com uma vantagem sobre a Fénix: sabemos perfeitamente o que fazemos. Sabemos perfeitamente o que fizemos durante séculos e, se não o esquecemos, se guardamos consciência disso, temos uma oportunidade de renunciar um dia a construir essas fogueiras para nos lançarmos nelas. A cada geração, reunimos novos homens que se recordam'.
Fahrenheit 451, Ray Bradbury

Quinta-Feira

Talvez seja do tempo...

Escolhi Oscar Wilde e um excerto de The Ballad Of Reading Gaol

Yet each man kills the thing he loves,
By each let this be heard,
Some do it with a bitter look,
Some with a flattering word,
The coward does it with a kiss,
The brave man with a sword!

Some kill their love when they are young,
And some when they are old;
Some strangle with the hands of Lust,
Some with the hands of Gold:
The kindest use a knife, because
The dead so soon grow cold.

Some love too little, some too long,
Some sell, and others buy;
Some do the deed with many tears,
And some without a sigh:
For each man kills the thing he loves,
Yet each man does not die.


Oscar Wilde (1854-1900)

Parece-me que

Se fosse para dar um título a esta vida, hoje, actualmente, chamava-lhe 'Fahrenheit 451'.

quarta-feira, novembro 03, 2004

Não Percebi...

Quem é que disse 'A maior maioria'?

O Canal1, ou o Bush himself?

Assim de Repente...

Quando olho para o que se passà à nossa volta, penso que de facto a blogoesfera é um oásis, onde se pode respirar à vontade...


in Preserve o Mundo.com.br


Ou assim deveria ser...

terça-feira, novembro 02, 2004

Mau...

Nem para postar, nem para ver os outros blogues...

mau...

É impressão minha...

Ou hoje o Blogger também está metido nas eleições? Não dá para postar nada...

Veio a Chuva

E lavou as couves...

Como Estragar um Post

Hoje a cidade cheira a couves podres...

Lá se foi a poética sentimental.

Obrigada poluição e nevoeiro.

segunda-feira, novembro 01, 2004

Cheira-me

Entrou agora mesmo pela janela aquele cheiro frio e húmido que traz lembranças de lareiras e noites geladas de céu estrelado.

O cheiro que torna as faces rosadas, pelo vento gélido, pela brisa gélida, de tardes em que as folhas douradas cobrem as ruas e que se mistura com o cheiro a castanhas assadas.

O mesmo cheiro que sabe tão bem acompanhado por um chocolate quente, ou numa esplanada onde lentamente se fica emperdenido, mas de onde se tem a vista mais bonita da cidade.

É o cheiro que fica nas cozinhas nas tardes de domingo, em que a avó prepara o chá com os scones, e o bolo vai cozendo lentamente no forno, enquanto se vai começando a tirar os enfeites de Natal para decorar a casa.

É o cheiro dos entardeceres em que se sai das aulas, debaixo de uma chuva agreste, entre a gritaria da criançada, os risos e as partidas. A corrida ligeira para casa, que quente nos recebe como um abraço, enquanto o gato olha para nós, de olhos ligeiramente abertos, se espreguiça e vem roçar o focinho na nossa cara, com um ronronar que parece dizer: 'demoraste, por onde andaste? Vai-te aquecer que me fazes frio!'

Dia de Todos os Santos

A Sónia fez-me lembrar que também eu neste dia várias vezes (fora de Lisboa, entenda-se) ia porta a porta pedir Pão por Deus. Havia uma diferença: ela ficava contente com os rebuçados, e eu com as moedas de cinco escudos, que na altura era dinheiro.

Até certo ponto tenho que ver a minha felicidade. Apesar da minha condição de criança da cidade, foi-me permitido viver e conhecer uma série de tradições que me poderiam ser alheias, dado ter sempre vivido em Lisboa, a não ser pelo Verão, em que ia para a praia.

Não é sem alguma pena que vejo como as crianças da cidade são hoje tão ignorantes dos hábitos ou costumes, que estão tão perto de nós, mas que não conseguimos ver. Referência a um dos muitos textos que o Manel escreve sobre esse assunto, e que vale a pena reflectir.

Verdade seja dita, também acho que existe uma grande falta de comunicação entre regiões e culturas. Várias vezes me aconteceu ir por esse país fora e quando alguém me pergunta de onde sou e eu respondo, ouço logo como resposta: 'Lisboa? Não gosto nada de lá!'

Acho que ninguém gosta de ver a sua terra insultada. Usam como desculpa que o pessoal de Lisboa tem a mania que é bom e isso dá azo à descrição de uma série de defeitos que os alfacinhas (regra geral, todos) têm que ter.

Eu sou alfacinha. Mas não tenho nem mais nem menos defeitos que um portuense, que um alentejano, que um algarvio, um transmontanto, um açoriano ou um madeirense.

Tudo isto por causa do Pão por Deus e para dizer que de facto, aqui em Lisboa, não tenho conhecimento que o façam. Mas não esquecemos algumas tradições. Como ir por flores ao cemitério, pelos nossos entes queridos, e a seguir fazer uma almoçarada com a família que ainda cá está.